Convivio dos filhos do Waraná
e guardiões do jardim do Imperador
A COMUNIDADE SATERÉ-MAWÉ É MEMBRO DO MOVIMENTO SLOW FOOD / TERRA MADRE
ano 1669: No ano do primeiro contato dos Mawé com os não indígenas Padre João Felipe Betendorf anota:
"Tem os Andirazes em seus matos uma frutinha que chamam guaraná, a qual secam e depois pisam, fazendo dela umas bolas que estimam como os brancos o seu ouro, e desfeitas com uma pedrinha, com que as vão roçando, e em uma cuia de água bebida, dá tão grandes forças, que indo os índios à caça, um dia até o outro não tem fome, além do que faz urinar, tira febres e dores de cabeça e cãibras."
ano 2020:
- fotos que viram desenhos, nesse vídeo montado por Slow Food Brasil, ajudam a perceber melhor a complexidade das técnicas ritualizadas na tradição, e fixadas os protocolos, que dão vida e alma a um Pão de Waraná.
- um pequeno grande passo para o fortalecimento da segurança alimentar das crianças e dos adolescentes, e rumo à soberania alimentar do Povo Sateré-Mawé! Mais informações neste texto em Português e Sateré.
ano 2013: o Convivio acaba a realização do Protocolo de Meliponicultura, também em versão bilíngüe: Português e Sateré-Mawé. Realizado ainda com o apoio financeiro italiano, desta vez do Município de Milão e do Ministério da Cooperação, via ONG ICEI, no âmbito do Projeto Vintequilos.
ano 2012: O autêntico Waraná da Terra Indígena Andirá-Marau já se encontra nas receitas de grandes cozinheiros franceses, como Michel Bras e Eric Fontanini. Sai uma publicação da Guayapi que se chama pequenos segredos. Porém, é claro que nela são reveladas só aquelas receitas que segredas não são!
ano 2009: primeira versão do folder da Fortaleza do Waraná em francês e em espanhol:
e finalmente, as últimas atualizações em portugues!
ano 2008: depois de 4 anos de trabalho participativo está pronto e editado o Protocolo de Produção do Waraná, em versão bilíngüe: Português e Sateré-Mawé. Constituirá a base para o encaminhamento do pedido de reconhecimento da Denominação de Origem junto ao CIG do MAPA. Realizado com o apoio financeiro italiano, da Região Veneto, através da Fundação Slow Food para a Biodibersidade, e da Região Lombardia através da ONG ACRA, e brasileiro, do Estado do Amazonas, através da FAPEAM.
PROTOCOLO DE PRODUÇÃO DO WARANÁ
ano 2006: na mesma região, com a mesma comunidade (acontecimento quase único até hoje) é reconhecida como fortaleza também a experiência dos Sateré-Mawé de incentivo à proteção e à criação da abelha nativa Canudo, numa variedade típica regional que nos chamamos "canudo sateré-mawé", ou melhor, na língua, awi'a sese: a abelha excelente! Duas das seis fortaleza da época eram Sateré-Mawé, como mostra a publicação em italiano Terra Madre in Brasile:
ano 2004: a comunidade dos Filhos do Waraná participa da fundação do movimento Terra Madre.
ano 2002: a comunidade dos produtores de Guaraná Sateré-Mawé da Terra Indígena Andirá-Marau, em quanto depositária da tradição de domesticação e beneficiamento do guaraná nativo no seu próprio berço ecológico, foi chamada a participar do primeiro grupo histórico de fortalezas internacionais de Slow Food (primeira comunidade representando o Brasil), e convidada para o Salão do Gosto, em Turim, no outubro do mesmo ano, nos dias da eleição do Presidente Lula.
Fortaleza do Warana links:
https://www.fondazioneslowfood.com/en/slow-food-presidia/satere-mawe-native-warana/
https://www.fondazioneslowfood.com/it/presidi-slow-food/warana-nativo-dei-satere-mawe/
Fortaleza da Awi'a sese (abelha canudo sateré-mawé) links: