Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé - CGTSM

Peguei um copo de água e joguei nele porque não tinha flecha

"Peguei um copo de água e joguei nele porque não tinha flecha". Jecinaldo Barbosa Cabral, na época coordenador da COIAB, dia 15 de maio 2008.

O alvo foi o deputado federal Jair Bolsonaro na hora em que esse tinha apelidado  de "terrorista" o Ministro da Justiça do Brasil, pelo fato que o Governo, cumprindo a Constituição e a Lei, ia retirar os arrozeiros invasores da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

O Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé -CGTSM-,

fundado no dia 15 de setembro de 1989,

é a Expressão Política da União das Nações (yvãnia) Mawé e

é o Instrumento Social e Comunitário de Gestão do Território Sateré-Mawé,

o qual é constituído pela Terra Indígena Andirá-Marau.

 O CGTSM é organização membro da COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira

Momento de apresentação da nova diretoria com mandato até setembro 2023

quem é quem na Diretoria do CGTSM (exercício 2019-2023)

os direitos do nosso povo que são nossos deveres

quero ajudar apoiando um projeto do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé

o território Sateré-Mawé

arquivo histórico de Atas e Estatutos


DELIBERAÇÕES E ATOS FORMAIS RELEVANTES:

3 de outubro de 2023:

O Capitão Geral do rio Andirá, João Ferreira de Souza, cobra da Prefeitura de Barreirinha a eliminação do Distrito de Ponta Alegre, criado abusivamente dentro da Terra Indígena durante o mandato do ex Prefeito Mecias Pereira Batista.

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28-29 de agosto de 2023.

Evento: Diálogos indígenas do baixo Amazonas

Primeiro encontro semipresencial de diálogo e articulação participativa, aberto, transparente e público entre os povos indígenas Sateré-Mawé e Hixkaryana e as instituições brasileiras a todos os níveis. A organização deste evento constitui um marco histórico para o CGTSM. O acesso cada vez mais amplo aos instrumentos de telecomunicação permitiu de testar a possibilidade de um envolvimento mais amplo, mais direto, virtualmente geral por via telemática, da população, com seus anseios e suas ideias, num relacionamento construtivo entre a auto-organização indígena e o poder público. Com todos os limites de um evento pioneiro, este experimento bem sucedido abre o caminho para a construção de uma poderosa ferramenta de empoderamento das comunidades. O Projeto Autónomo Integrado de Etno-ecodesenvolvimento do povo Sateré-Mawé vai assim entrando numa nova fase. 

direta no facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=61550698113055&sk=about

Registro completo do evento no nosso canal youtube:


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9 de Julho de 2022.

Guardiões do território Sateré-Maweé reunidos na aldeia Molongotuba,

Preocupados com as invasões  de madeireiros e garimpeiros, com a entrada de bebida alcoólica e drogas ocasionando violência nas comunidades, casos de estupros de vulneráveis, homicídios e suicídios, principalmente entre os jovens. Preocupados também  com o total descontrole  de  entrada e saída na terra indígena. E ainda com o projeto de  governantes do Estado do Pará que querem ressuscitar a temida estrada Itaituba/Maués que cortaria nosso território ao meio.

Diante  desta realidade, as guardas indígenas das aldeia de Molongotuba, Simão e Castanhal, por deliberação da última assembleia do Conselho Geral da Tribo Sateré Mawe/ CGTSM reuniram-se juntamente com a Funai, DAI, CGTSM e demais lideranças na aldeia Molongotuba, onde definiram o fortalecimento e efetivação da segurança do nosso território e das nossas aldeias.

Encaminhamentos:

Criação no  mês de agosto de 2022  dos  pelotões de segurança das aldeias de Ponta Alegre e Vila Nova.

Realização de cursos de técnicas de abordagem.

Retorno da barreira de acesso ao território indígena Sateré-Mawe.

Estruturação da barreira, com estrutura permanente e equipada com meios de comunicação, de transportes, etc

Revisão dos barcos de recreio para obter licença do CGTSM dos Tuxauas gerais e da FUNAI, conforme lei do PGTA (plano de gestão territorial e ambiental)

Criação da Associação de agentes de segurança ambiental e social Sateré-Mawe filiada ao CGTSM

Trabalho  educativo e de combate à violência, principalmente através da educação  (professores) e órgãos de apoio.

Elaboração de projetos emergenciais para apoiar nossos agentes de seguranças indígenas, pois hoje todos são voluntários.

E participação na reunião ampliada sobre segurança do território  Satere-Mawe com lideranças indígenas dos rios Andirá, Marau, Urupadi, Manjuru e Miriti nos próximos dias 13 e 14 de julho  na aldeia Paraíso 2, rio Marau/Maués.

..."Há 40 anos atrás Tupana (Deus) nos deu algo precioso e mais importante para o nosso povo, o nosso Território sagrado.Isso foi possível também pelo empenho e dedicação de nossos tuxauas e lideranças da época, nomes como  tuxaua Donato do Andirá e capitão Emílio do Marau que foram a Brasília pedir a demarcação e homologação de nossa terra. Hoje a terra Andirá-Marau é regularizada como terra da União com usufruto exclusivo do povo Sateré-Mawe. É nosso dever na atualidade lutar pela preservação, integralidade e gestão do nosso território, pois somos só um povo... Lutar para assim garantirmos o presente e o futuro de nossa nação Sateré mawe..."

A luta precisa continuar...

Jecinaldo Barbosa Cabral, Secretário Geral do CGTSM. 

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Setembro 2021. A XXVI Assembleia do CGTSM, celebrada no dia do 34º aniversário da constituição do Conselho, define um marco histórico para o Povo Sateré-Mawé. Ela coincide com a inauguração da nova grande sede em Umirituba, cuja construção foi integralmente autofinanciada pelo esforço das famílias produtoras organizadas no Consórcio. Aqui em baixo os documentos:

Convocação da Assembléia Geral do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé em Umirituba, Rio Andirá, para os dias 15, 16 e 17 de setembro 2021. 

Ata da Assembleia

Ata da Eleição do novo Tuxaua Geral do Rio Andirá

Valmor Miquiles de Souza, Tuxaua Geral do Rio Andirá desde 1setembro 2021.

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Junho 2021. Um ano depois do repúdio, por parte do CGTSM, da atitude do DSEI pelo abandono das barreiras sanitárias contra a pandemia, o Ministério Público Federal acata as instâncias do Povo Sateré-Mawé, dirime o conflito e instaura a colaboração entre o CGTSM e o novo comando da DSEI, legitimando a instituição da BASE SANITÁRIA E DE FISCALIZAÇÃO GERAl., autoorganizada pelo CGTSM sob a coordenação geral de seu vice Presidente, Bernardo Alves. Para o Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé, na ausência do Presidente legalmente responsável, o termo de cooperação vai assinado pelo Tuxaua Geral do região do Marau, Antônio Tiburcio Neto.

Leia o documento

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Dia 2 de junho de 2020. Pela voz do Tuxaua Amado, Tuxaua Geral do rio Andirá, o CGTSM repudia a irresponsável decisão do Coordenador do DSEI-PIN, cargo de confiança do Ministério da Saúde do Governo Federal, de retirar a equipe de profissionais que formava a Barreira Sanitária contra o COVID-19 na entrada à Terra Indígena pelo rio Andirá, colocando dessa forma em gravíssimo risco a população sateré-mawé. Eis o documento:

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Em reunião de lideranças em Simão organizada pela FUNAI através do projeto GATI na última semana de setembro 2014, é explicada e discutida a proposta de parceria entre CGTSM e Centro de Trabalho Indigenista - CTI, para construir conjuntamente um projeto de etnomapeamento e etnozoneamento da Terra Indígena Andirá-Marau

Aqui a ata

Na ocasião, histórico reencontro entre o tuxaua Donato e a Sônia Lorenz, que em conjunto com o CTI apoiou a resistência da Nação Sateré-Mawé contra a invasão da Elf-Aquitaine nos anos oitenta.

Ver as fotos

O reconhecimento da plena e inalienável responsabilidade do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé de gerenciar na Terra Indígena Andirá-Marau qualquer tipo de parceria do Povo Sateré-Mawé na atuação da autônoma gestão do território norteia a cooperação entre CGTSM e a Associação "Amigos do INPA" no âmbito do sub-projeto "Warana - Agroecologia" patrocinado pela Petrobrás.

setembro 2014

Aqui a declaração de princípios na integra

A Assembléia geral do TUMUPE, a organização dos tuxauas da região do Marau, membro integrante do CGTSM, esclarece para a CONAB sobre a fatibilidade das modalidades de financiamento propostas por essa Instituição aos produtores consorciados no CPSM do capital de giro para a safra do Waraná 2013-2014.

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No dia 4 de setembro de 2017, na ocasião da primeira Assembleia do Alto Andirá organizada pela ASAMAV, foi redigida uma carta acatada também pelo CGTSM como legitima reivindicação de todo o Povo Sateré-Mawé. 

A carta, junto a uma breve crônica do evento, foram publicadas no site de "combate ao racismo ambiental" como matéria assinada por Fernanda Cristina Moreira, que presenciou na Assembleia. 

O artigo se encontra na Biblioteca da LAW a este atalho.

Paulico, na época Capitao geral do Marau, (à direita na foto) levantando com o Tuxaua Zuzu, fundador do CGTSM, a primeira bandeira do Conselho Geral em 1997 (CGTSM no Brasil).

Segunda bandeira do CGTSM, (CGTSM na Amazônia) idealizada pelo tuxaua Zuzu em 1999: "o Puratig estava deitado, mas agora Ele se levanta no Projeto Waraná".

Antonio Tiburcio Neto, Presidente do CGTSM até 2019 e Tuxaua Geral do Rio Marau.

Relatório do Presidente 2019-20

Relatório de Presidência 2021

Na Foto: Trabalhos de reconstrução da sede CGTSM em Umirituba (2021)

leia o documento do TUMUPE

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Vão se desfazendo antigas incompreensões, e o Povo Sateré-Mawé é cada vez mais unido! Declaração da AISMA de 11 de dezembro de 2012

A pedido do Ministério Público, a AISMA (Associação Indígena Sateré-Mawé do rio Andirá) esclarece sua posição nos dias de hoje, em dezembro 2012, frente as seqüelas legais de um conflito que estourou entre 1997 e 1999, entre, de um lado, a maioria e a Diretoria do Conselho e, do outro, algumas antigas lideranças Sateré que tiveram um importante papel na luta para a emancipação dos índios: quando o Projeto Waraná parecia coisa bonita demais para ser acreditada e era coisa nova demais para ser facilmente entendida. A AISMA, criada na época em oposição ao rumo tomado pelo CGTSM  aderindo ao movimento do "comercio justo", declara hoje com firmeza, através de seu Presidente, Aldamir da Costa Souza, de reconhecer a legitimitade "do Consórcio dos Produtores Sateré-Mawé/CPSM, criado constitucionalmente na estrutura do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé/CGTSM", assim como o papel do Projeto Waraná na "valorização dos saberes e conhecimentos ancestrais do Povo Sateré-Mawé".

Da mesma forma, o CGTSM reconhece plena legitimidade às lutas e às atividades que a AISMA leva em frente em prol do Povo Sateré-Mawé procurando salientar e enfrentar problemas específicos da região do rio Andirá, e convida a Diretoria da AISMA para participar com voz e voto da XXI Assembléia  do CGTSM que acontecerá em Vila Nova II do Marau, nos dias 21-22 e 23 de janeiro de 2013.

9 de dezembro de 2013

Leia o documento da AISMA na integra:

Decreto executivo da Presidência do CGTSM, em parceria com a FUNAI, sobre vigilância, que tutela o patrimônio genético e a qualidade do guaraná nativo da Terra Indígena assim como a saúde dos moradores. Baseado nos trabalhos do II Seminário Hate Ywakup - 25 de novembro de 2011.

Eis o texto:

II Seminário Hate Ywakup Nova Esperança - Rio Marau

Nova Esperança, 21 a 25 de Novembro 2011

No II Seminário Hate Ywakup, foi discutido o assunto da Tutela, da saúde e do Patrimônio do povo Satere Mawe.

Com base nessa discussão foi decidido de encaminhar a seguinte proposta:

Que seja criado, através de

uma parceria FUNAI e CGTSM, um sistema de vigilância para que seja respeitado o seguinte conjunto de normas.

É

severamente proibido introduzir na terra indígena Andirá/ Marau, incluindo as comunidades Sateré-Mawé localizadas

em áreas limítrofes;

I- Bebidas alcoólicas industrializadas.

II- Drogas ilegais conforme à legislação Federal.

III- Pesticidas agricolas e adubos químicos

IV- Clones de Guaraná, assim como Guaraná em rama que não seja certificado pelo Consorcio dos Produtores

Satere- Mawe

V- Quaisquer sementes ou muda transgênica

Presidente do Conselho Geral da Tribo Satere Mawe               FUNAI/Maués

                                                  

                                                                 Estatuto do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé